Há um antagonismo evidente entre máquinas e humanos no Brasil. Relatório divulgado pela Hibou, empresa de pesquisa e insights de mercado de consumo, mostra que para 78% dos entrevistados, as pessoas serão, sim, substituídas pela tecnologia e as vagas de empregos serão menores.
E para evitar que as máquinas vençam os humanos e haja um apagão de oportunidades de trabalho, 51% sugerem a aplicação de leis que limitem o uso da Inteligência artificial de forma comercial; para 45%, o ideal é que sejam exigidos operadores humanos que façam o uso da IA; e 16% não acreditam que a inteligência artificial será capaz de substituir o ser humano.
Utilizada para impulsionar, otimizar e dar agilidade em processos de áreas comerciais, marketing, atendimento e até entretenimento, 8 em cada 10 pessoas já ouviram falar sobre Inteligência Artificial (87%). E não só ouviram falar, mas mais da metade desta população (54%) afirma que ferramentas com IA impactam diretamente sua rotina no dia a dia.
“Mesmo com o uso de IA, máquinas inteligentes e treinadas, o importante é que as empresas e profissionais se adequem à nova realidade o quanto antes.
Para que a tecnologia seja aliada em diferentes processos é necessário a atenção humana, além de operadores que estejam atentos aos comportamentos dos consumidores, sempre aperfeiçoando e atualizando a máquina”, pontua Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.
ChatGPT: de graça sim
O Chat GPT é o exemplo de Inteligência artificial mais recente.
Chamada de “modelo de linguagem”, ela é capaz de gerar respostas coerentes e naturais a perguntas ou declarações feitas por usuários. Dentro de interações entre consumidores e marcas, pode ser usada para diferentes tarefas, incluindo atendimento ao cliente, assistência virtual, geração de texto e muito mais.
A novidade já foi testada por 6% dos brasileiros que buscaram conhecer na prática sua utilidade. Entre as pessoas que já utilizaram, 85% pretendem manter o uso do Chat GPT, sendo que 51% usarão apenas se aparecer alguma necessidade; 27%, se for o uso for gratuito; e 7% mesmo que se torne uma ferramenta paga. 8% provavelmente não vão usar e 7% com certeza não irão utilizar.
O interesse no uso do Chat GPT foi conduzido principalmente pela curiosidade (54%) e para testar se a ferramenta mantinha uma conversa (19%).
Entre outros interesses, também para tirar dúvidas (48%); fazer buscas (33%) ou corrigir um código de computador (8%). A ferramenta, que promete desenvolver textos, também foi usada com essa finalidade, seja para tradução (21%); melhorar ou corrigir um conteúdo textual (19%); escrever textos maiores (13%) ou para redigir carta ou e-mail (5%).
Para 52% dos brasileiros, o uso do Chat GPT é aprovado desde que as respostas sejam de fácil entendimento; 43% querem ser entendidos em suas demandas; e 39% desejam ser ouvidos em suas reclamações.
Para melhorar o atendimento, 33% querem ser reconhecidos e que seu histórico junto à marca agilize a comunicação. Aqui é claro o GAP nas relações que essa tecnologia pode ajudar a reduzir.
Além disso, 42% acreditam que as marcas podem usar a ferramenta ajudando e/ou ensinando a usar melhor os produtos ou como um manual de uso, para 31%.
Quanto à personalização, 31% querem receber indicações de produtos e serviços que combinem com seus interesses, e no momento certo; 30% desejam receber avisos sobre novidades ou promoções dentro de acordo com seus interesses; e 16% que sejam criados novos produtos com os quais se identifiquem.